Como muitos outros governos têm feito pelo mundo fora: o Dalai Lama defende a independência de um país ocupado por uma das maiores potencias mundiais, a China, de quem todos hoje em dia querem ser amigos...
Não é uma atitude de louvar mas perfeitamente compreensível!
Além disso a visita do Dalai Lama não é diplomática e visa principalmente a divulgação dos seus principios religiosos do budismo, com uma vertente financeira à mistura: os bilhetes mais baratos para assistir às suas palestras custam 10 euros.
Zézinho, os motivos pelos quais o governo não vai receber o Dalai Lama eu sei! ;P
Não são, no entanto, justificativos de tal atitude!
É óbvio que ele não vem em missão diplomática (penso que actualmente o Tibete nem é reconhecido pela China como nação independente), mas isso não é minimamente importante para a questão.
Ele vem dar algumas palestras cujos temas não se restrigem de forma alguma ao campo religioso - à semelhança do que se passou no passado - sendo sobretudo de carácter filosófico sobre a possibilidade de harmonia mundial.
Não é necessário que a pessoa venha em missão diplomática ou a representar uma nação para que haja uma recepção oficial do governo.
E que seria dito se tivesse sido feito o mesmo ao Ramos Horta e ao Xanana Gusmão? Haveria críticas fortes, obviamente. E a maior diferença entre este caso e o do Dalai Lama não é o facto de Timor ter sido uma colónia portuguesa, mas o facto de não acontecer com a Indonésia o que acontece actualmente com a China, em que existe uma relação económica (e medo?).
E isso sim, é vergonhoso.
Desta forma o estado negligencia uma situação humanitária grave que ocorre nos dias de hoje por motivos económicos. Por existirem outros países que fazem o mesmo a situação não fica nem um bocadinho mais tolerável. Mais do que isso, existem diversos casos de genocídio e opressão étnica na história que só foram resolvidos devido à pressão internacional. Ao fechar os olhos a isto, o estado está a dizer que não se importa.
É óbvio que não pode ser tomada uma atitude radical neste aspecto, mas fechar os olhos é uma atitude lamentável.
3 comentários:
Como muitos outros governos têm feito pelo mundo fora: o Dalai Lama defende a independência de um país ocupado por uma das maiores potencias mundiais, a China, de quem todos hoje em dia querem ser amigos...
Não é uma atitude de louvar mas perfeitamente compreensível!
Além disso a visita do Dalai Lama não é diplomática e visa principalmente a divulgação dos seus principios religiosos do budismo, com uma vertente financeira à mistura: os bilhetes mais baratos para assistir às suas palestras custam 10 euros.
Zézinho, os motivos pelos quais o governo não vai receber o Dalai Lama eu sei! ;P
Não são, no entanto, justificativos de tal atitude!
É óbvio que ele não vem em missão diplomática (penso que actualmente o Tibete nem é reconhecido pela China como nação independente), mas isso não é minimamente importante para a questão.
Ele vem dar algumas palestras cujos temas não se restrigem de forma alguma ao campo religioso - à semelhança do que se passou no passado - sendo sobretudo de carácter filosófico sobre a possibilidade de harmonia mundial.
Não é necessário que a pessoa venha em missão diplomática ou a representar uma nação para que haja uma recepção oficial do governo.
E que seria dito se tivesse sido feito o mesmo ao Ramos Horta e ao Xanana Gusmão? Haveria críticas fortes, obviamente. E a maior diferença entre este caso e o do Dalai Lama não é o facto de Timor ter sido uma colónia portuguesa, mas o facto de não acontecer com a Indonésia o que acontece actualmente com a China, em que existe uma relação económica (e medo?).
E isso sim, é vergonhoso.
Desta forma o estado negligencia uma situação humanitária grave que ocorre nos dias de hoje por motivos económicos. Por existirem outros países que fazem o mesmo a situação não fica nem um bocadinho mais tolerável.
Mais do que isso, existem diversos casos de genocídio e opressão étnica na história que só foram resolvidos devido à pressão internacional.
Ao fechar os olhos a isto, o estado está a dizer que não se importa.
É óbvio que não pode ser tomada uma atitude radical neste aspecto, mas fechar os olhos é uma atitude lamentável.
Parece que lá mudaram de opinião e o presidente do parlamento lá foi recebê-lo...
Ai,ai...
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