Test

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Novo dia

Levantei-me por volta das 8 para ir com o Luís à Universidade para que ele tratasse da papelada. Bem, ficámos no Gabinete de Assuntos Externos a aguardar. Pouco depois apareceram umas moças de Comunicação que estavam a fazer entrevistas sobre o pessoal estrangeiro a estudar na UFPB. Eram 4 meninas e consegui decorar o nome de duas: Adriana e Yaponira (ela soletrou o nome, senão também não teria percebido), os outros dois não consegui entender bem.

Conclusão: Amanhã às 10:30 vamos à universidade dar uma entrevista para a Rádio e depois iremos com elas conhecer a cidade.
Ficámos também a conhecer um Norte Americano de Connecticut (não se lêem os "c"), chamado Nolen (ele disse que era invulgar).

Bem, à tarde fomos novamente à polícia federal que não conseguiu, desde o início do horário de expediente (hora em que chegámos) até ao final (hora em que saímos) despachar o meu processo e o do Luís... Simplesmente incrível.

Depois passou-se algo parecido com o Missão Impossível: encontrar um lugar que vendesse uma esfregona, um balde e o espremedor! Acreditem ou não, aqui não se vendem baldes com espremedor! Perguntámos a um senhor de um hipermercado como faziam e ele disse que não espremiam... Disse até que normalmente só se varre!

Acabámos por ir procurar a um shopping com uma loja de conveniência, e descobrimos que os sorteios de cupões se processam de uma maneira diferente aqui: não existe tômbola! Ao invés atira-se o papel para um monte deles que está no chão!

Bem, vamos jantar, tentar limpar a casa (acreditamos que a vizinha da frente tenha balde com espremedor) e depois será a primeira noite em João Pessoa!

Mais gente

Bem, o dia de hoje foi fluente em novos contactos!

Para começar o dia tive uma aula com uma turma de administração (às 7 da manhã), que é a única aula que tenho com turmas de licenciatura, sendo também a única em que tenho mais do que 5 colegas. Esta tinha uns 20.

Ao chegar à sala o professor tratou de me apresentar para toda a gente com um "bem-vindo sejas, Tiago, a estas praias Paraibanas". Pediu a toda a gente para ser hospitaleira comigo e que demonstrasse essa forte característica do nordeste brasileiro. Depois lá tivemos a aula!

No final praticamente toda a gente me veio cumprimentar e apresentar-se, oferecendo-se para o que quer que precisasse. Trocas do número de telemóvel, de e-mail, do contacto do messenger, do orkut ("nao tenho...") e a Albemaria convidou-me para uma festa de forró no sábado.

Bem, tive que tratar de umas coisas e falar com um professor especialista em sistemas de informação e fui almoçar. Estava sozinho e ao ir pagar uma rapariga estrangeira (tinha cabelo loiro muito claro e pele branca) virou-se para mim e disse que eu não era de lá. Ela é alemã e chama-se Julia (lê-se "Yulia") e estava em intercâmbio também. Com ela estava um rapaz brasileiro, o Filipe, que estuda - entre outras coisas - Alemão. Bem, fiquei a saber que ela estava cá com mais 6 alemãs, que mora em Heindoven (aposto que escrevi mal) e que os alemães não bebem assim tanta cerveja.

Pouco depois trocámos contactos e ficaram de me dizer algo para uma festa no fim-de-semana.
Ía embora quando um rapaz que eu sabia ser espanhol me cumprimentou e ficámos a conversar. Chama-se Altair (como a estrela, não sei se leva "h") e esteve em erasmus em lisboa 9 meses. Com ele estava a Varinha que é inglesa e já fala muito bem português. Depois de conversarmos mais um pouco, disseram-me para ir com eles para a aula de "Cultura Brasileira" que seria uma seca e por isso deveria ir.

Lá fiquei a saber umas coisas sobre a formação do Brasil, as lutas entre índios e europeus e entre europeus e europeus. E ainda vi um vídeo catita e aprendi algumas palavras em português!

No fim conheci uma amiga da varinha (não me recordo do nome), e umas amigas da Julia (cujos nomes também não me recordo). O Altair, que está a terminar psicologia, ficou de me ligar por causa de uma festa de samba (dança no meio da rua) que vai haver no sábado (há um conflito de festas, tenho que ver se resolvo o caso).

No final da tarde o Luís chegou a casa e agora já não estou sozinho em casa.

Bem, depois conto o resto ;)

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Pormenores

Há pequenos pormenores interessantes aqui e que me esqueci de contar:
  1. As formigas daqui têm o tamanho de lagostas!!! Pronto, talvez lagostas não, mas de escorpiões!!! Escorpiões ainda é um bocado exagero, mas são maiores que 2 formigas portuguesas adultas em fila! São maiores que muitas aranhas portuguesas! Já vi cá formigas com 2 cm! É assustador!!!! É terrífico!!!
  2. A pirataria aqui chega a ser cómica. No caminho entre a minha casa e o restaurante onde costumo ir (500 metros) passo por 5 senhores a venderem cds/dvds de filmes e músicas! Na esquina de uma rua existe uma barraca da polícia militar (literalmente uma barraca, daquelas de jardim, brancas, de 3x3) e a menos de 2 metros (sem qualquer exagero) está um senhor a vender filmes que ainda vão estrear no Brasil!
  3. Os filmes são todos dobrados. Recentemente vi o meu primeiro filme dobrado, e devo dizer que a qualidade de dobragem não é tão má como eu esperava. O filme é o "Jogos Mortais III" (em Portugal parece que traduziram este título para SAW III).
  4. Todos os edifícios têm um ar condicionado a pingar água.
  5. O telemóvel é celular, o autocarro é ônibus, a rapariga é menina, a paragem é parada, o ginásio é academia (e vê-se muita gente letrada).
  6. Um sumo natural é a 40 centimos em alguns lugares.
  7. Ainda não encontrei um pacote de um litro de leite a menos de 1,50 euros.
  8. Alguns semáforos são como na formula 1. Têm 5-6 vermelhos e 5-6 verdes que vão acendendo consoante o tempo restante.
  9. Ainda se fala do mensalão (é a casa pia deles).
  10. O canal "esporte interativo" passa todos os jogos do porto, benfica e sporting. O díficil é aturar os comentários com constantes interrupções para dizer: "ligue agora para o 16093 (ou parecido) e diga qual o seu jogador preferido e leve prá casa ó playstaxion 2".
  11. O mercado local tem mais variedade de fruta que a europa toda.

...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Pensamentos Profundos

Lavar a roupa à mão é uma seca.
Estar com duas semanas de aulas para recuperar é uma seca.
Ter de tratar de 200 tralhas burocráticas é uma seca.

O que vale é que as praias são boas.

sábado, 25 de agosto de 2007

Fotos dentro do prédio

Saí eu de casa com a máquina na mão pronto para tirar fotos! À porta do prédio estavam uns miudos à procura de comida no lixo, pelo que decidi não sair do prédio. (Existe muita pobreza cá =\ ao vir para esta LAN House vi um senhor a dormir no chão, embrulhado em cobertores. Um dia destes estava um miudo deitado no chão a esticar-se para apanhar uma moeda, e outro ao lado dele a dormir =\)

Bem, pondo isto de lado. As fotos foram todas tiradas de detro do prédio. Ele tem um muro com prai 2 metros, pelo que estiquei a mão para cima, e a qualidade não deverá ser a melhor!
Aí vai (a net é mesmo lenta... demora muito a mandar isto, acho que não irão todas..):

Merda de dia

Sexta-feira, dia 24 de Agosto de 2007: o pior dia que passei até ao momento em João Pessoa.

Na noite anterior tinha ido comer Rodízio de Pizza, porque não me apetecia caminhar até ao restaurante do costume, enchi-me bastante e fui para casa. Fiquei a ver o pianista até à meia-noite, e adormeci.
Acordei às 8, o que por aqui é bastante tarde e estava a doer-me a cabeça. Levantei-me e apercebi-me que me doía o estómago também. Fiquei umas horas deitado, depois levantei-me, tomei banho e fui ao restaurante a peso, onde trouxe 50g de arroz e uma garrafa de água. Ao fim de um tempo vomitei, e já me sentia melhor pelo que comi o arroz. Fui para casa, tomei banho e pouco depois comecei-me a sentir mal novamente.

Resumindo, vomitei mais 3 vezes, e por volta das 17:30 foi o porteiro ao meu apartamento para entregar a televisão que tinha ido para arranjar. Ao ver-me assim, ligou para o senhorio que me veio buscar para ir para o hospital. Fomos para o melhor hospital público com urgências de João Pessoa. Bem, aquilo faz os hospitais portugueses parecerem resorts.

Que condições tão más. Os bancos são bancos de esplanadas, andam formigas nas paredes, existem 2 médicos apenas (estavam no hospital talvez 40 pessoas). Bem, continuava com vómitos e por isso deixaram-me passar à frente. Lá fui à consulta e o diagnóstico foi uma intoxicação alimentar. Ia levar soro para uma sala. Lá fui...

A sala deveria ter 4x4 metros, e estavam lá 10 pessoas a levar soro. Toda a gente a falar e a contar a vida aos outros ;P
Vomitei mais uma vez (a última), acabei de tomar o soro e pronto: saí da sala.

Sentia-me melhor e agora só tinha que esperar pela "pós consulta". Uma rapariga (perdão: moça! tenho que me habituar) sentou-se ao meu lado e começou a falar.
Disse-me as bandas que gostava, disse-me que queria ser médica, perguntou-me se estava a gostar da paraíba... Bem, lá conversámos um bocado até que me perguntou que religiões havia em Portugal. Disse-me que era Evangelista (ou Envangelista, não sei bem como se escreve) e que o melhor da vida dela era saber que estava a servir um Deus vivo.

E depois começou a tentar converter-me. Vou aqui deixar alguns dos argumentos/frases tentando ser o mais correcto possível:
"Você sabe que existe o bem e o mal."
"Ninguém viu Deus, não se sabe se ele é branco ou preto."
E o que mais gostei, e que acho que o brilhantismo nele presente está só ao alcance de quem estuda a Bíblia (como ela disse): "Você está doente porque quer? Não! Foi Deus!" - Pá, muito obrigado... Logo na sexta-feira em que não tinha aulas e tinha montes de coisas para tratar é que me decides dar no couro.

Bem, a conversa terminou mais ou menos abruptamente, e algum tempo depois fui chamado pela médica. Além dela, encontravam-se na sala três estagiárias. Lá viu o meu diagnóstico e tratamento, perguntou-me de onde era, e disse que não podia estar no Brasil sozinho!!!
"Então você adoece e não tem ninguém para cuidade de você! Você tem que arranjar uma namorada brasileira! Olha só, estão aqui três e tudo! Vocês namoram?"
Duas delas responderam que não e a médica continua: "Está vendo! Está à espera de quê?"
Lá sorri e depois fui embora, esperar o táxi que a companhia de seguros tinha mandado.

Antes de ir para casa parei na farmácia! Aqui está outra situação em que temos muito a aprender com os brasileiros! Dizem que as farmácias portuguesas vendem de tudo? Estão tão enganadinhos!
Aqui as farmácias são como supermercados, com os produtos em prateleiras! Leva-se um carrinho, metem-se as coisas lá para dentro, e paga-se no fim!
Ah! Até gelados vendem! (acho que eram da Camy)

Pronto, fui para casa, e lá terminou o dia.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Algumas fotos (foleiritas... ;P)








Ora esta era a minha cama na pousada:










Os famosos chuveiros:





















A vista do meu quarto na pousada (é noite e não sei tirar fotos, ainda):
















O meu quarto actual (esta desarrumado porque ainda nem desfizera as malas! ;P):



















Uma parte da sala (sim, tem cama de rede! ;P):



















E por fim, uma foto da vista da casa. O grande problema dela é estar na parte de trás do prédio, não tendo vista directa para o mar. Esta foto foi tirada com o braço de fora da janela, e mesmo assim não está grande coisa:




















quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Tiago em João Pessoa (parte 2)

Ora bem... Continuando (vou tentar fazer isto resumido, até porque já não me lembro de tudo)



Chegado à rodoviária, ainda teria que esperar 2 horas antes de partir. Ao fim de um tempo um rapaz sentou-se ao meu lado, e à semelhança do que já acontecera, contou-me grande parte da vida dele ;P


Tem 19 anos, mora em Natal, a namorada estava em João Pessoa (chama-se Danielle, e até vi a foto dela ;P). Gosta de shoppings (Natal tem 7, e um deles é o 3º maior da América Latina) e prefere passar lá o tempo do que ir para a praia. Está a terminar o secundário e quer ir para a universidade, tirar o curso de professor de química ou filosofia (quer estudar numa universidade em Natal, que fica num dos Shoppings).
Fiquei ainda a saber que os Shoppings, para além de universidades, também têm uns locais onde é possível casar. Temos tanto a aprender com o Brasil!

Ah! E ele gostava de "Ixlipi Nóti" e de Sepultura.


Bem, entrei para o autocarro onde fiquei a saber que a Adriana Lima tem duas irmãs (que estavam nos bancos atrás) e que a Gisele Bundchen tem uma irmã (também estava uns bancos atrás). Pouco depois, ainda dentro de Natal, adormeci (ainda consegui no entanto perceber que as publicidades no Brasil são pintadas nas paredes, que o restaurante "3 irmãos" - tão típico português - tem um parente brasileiro chamado "8 irmãos", que existem muitas empresas que "Consertam caminhões", entre outros que não me lembro).


Uma ou duas horas depois acordei, para não voltar a adormecer: que paisagem incrível! Planícies com plantações de cana do açúcar a perder de vista. Árvores estranhas por todos os sítios, com ribeiros a correrem ao lado. Tudo verde! (na viagem de regresso tiro fotos).

Bem, cheguei finalmente a João Pessoa. Começo a sair da rodoviária, e vem um miudo descalço a correr para mim a dizer algo que não compreendo e a pedir dinheiro. Estava a chover a cântaros e lá andava eu para trás e para a frente, a arrastar as malas à procura do "ônibus" 507 para Cabo Branco. Lá o encontrei, e saí na primeira paragem de Cabo Branco. Fiquei mesmo em frente à pousada pretendida (que afinal não estava reservada) e lá pedi um quarto, pousei as coisas e fui tomar banho.

De seguida pergunto ao senhor da pousada (mais tarde soube que se chama Josimar, e que é muito simpático) como ir para a Universidade Federal da Paraíba e lá vou eu. Chegado lá, procuro a reitoria e tenho o primeiro contacto com o professor Felix (acho que não leva acento). Bem, depois fiquei a saber onde fica o departamento de infomática, falei com alguns dos professores e fui para a pousada Lua Cheia.


É de salientar alguns aspectos da Universidade: esta está inserida no meio de uma reserva natural, pelo que entre os edifícios existe uma mata extensa (que está delimitada com arame farpado). A mata é incrível. Tem pra lá árvores que nunca vi, além de jibóias e de perguiças!
O professor Félix disse que existe uma visita guiada a estas matas, e que depois a faremos!

Aqui anoitece cedo, às 6 horas é noite cerrada, pelo que me deitei também cedo e acordei no dia seguinte às 6. também.


Dias 17 - 20


Vou menosprezar os detalhes temporais e contar os pontos importantes, ou nunca mais chego ao dia de hoje!
Fiquei na pousada todos estes dias, enquanto vagueava pela zona à procura de apartamento onde morar. João Pessoa tem imensos prédios novos muito altos (o que é uma pena), mas a grande maioria (prai 90%) são para vender. Dos que são para alugar, apenas 1/4 alugam durante uma temporada (menos de um ano) e prai 90% deles não estão mobilados (as minhas percentagens são muito precisas, tendo uma margem de erro de 4% e um grau de confiança de 97%). Bem, depois disto, ainda tinha que ter 3 quartos e ficar á beira-mar.
Demorei 4 dias a encontrar um apartamento nestas condições. Quando estava prestes a fechar o contrato, encontrei outro com condições semelhantes, mas que ficava mesmo ao lado da avenida onde "tudo acontece". Pronto, lá ficou este!
Fica mesmo ao lado de 2 mercado, de uma feira de artesanato, de uma padaria - que vende, entre outras coisas, detergentes, comida a peso, esfregonas... - e do melhor ginásio da cidade - vou ficar em forma. Fica a 10 metros da praia, que tem uma calçada enorme onde se pode correr, mas eu assim que possa meto fotos!


Entretanto, conheci algumas pessoas cá: o Carlos, que estava na mesma pensão, e que é um porreiraço: o Diógenes, que era já amigo de um amigo meu que cá esteve, e que me levou para uma festa logo no dia em que o conheci (as festas aqui são mesmo como se vê na tv: uma banda a tocar uma musica mexida, toda a gente a dançar, churrasco, muita bebida, piscina,..).

Já comi coisas estranhíssimas! Não me lembro dos nomes todos, mas vou começar a ter atenção! Algumas das coisas foram: água de côco, favada, banana com canela, mangaba, tapioca, sopa africana, sopa de cabeça de galo, queijo de cabra.

Ah!! Tive que ir ao centro tratar de burocracias (tem uma lagoa enorme no meio da cidade) e vi algo assinalável! Penso que deveríamos olhar para este lado do atlântico e aprender algumas coisas!
Por exemplo, para além de existirem lugares especiais de estancionamento para pessoas portadoras de deficiência, existem também lugares especiais para idosos!
Acho mesmo que deveríamos ir mais longe e fazer alguns para as mulheres! :PPPPP (vá, vá, tou a brincar ;P)

Outra coisa curiosa é que os brasileiros conduzem mal. Mal, não: mesmo mal. Pior do que isso. As passadeiras não servem para absolutamente nada! Ninguém, mas ninguém mesmo, pára numa passadeira (ou faixa pedestre). A cada 2 minutos alguém buzina porque outra pessoa fez alguma coisa mal! Anda-se pela direita, esquerda, entre as duas, 3 carros em 2 vias, ultrapassagens em todos os lugares e por todos os lados, travagens e arranques bruscos, autocarros a queimarem embraiagem. E segundo me disseram, está muito melhor agora (muitos veículos têm escrito na parte de trás a frase "respeite a faixa pedestre", mas a maioria diz coisas como "Jesus é amor", ou "Deus perdoa").

Pronto, estou farto de escrever, vou ver se a ligação à net é suficientemente rápida para pôr algumas fotos (todas de interiores, ainda não andei com a máquina na rua, mas está para breve!)

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Tiago em João Pessoa

Ora bem... Este post vai ser enorme, e nem sei por onde começar... Aí vai:

(Antes de mais, estes teclados brasileiros têm as teclas especiais todas fora do sítio... Ziu, como é que te entendias, pa?)

Dia 15


Partida do Porto

Tinha ido dormir tarde graças às despedidas todas e às 7 (hora local...lol) já a porcaria do despertador estava a tocar. Bien, viagem até ao aeroporto para o vôo para Lisboa que partiria às 11:20. Chegado lá fiz o check in (que parece que é só entregar umas malas). Fui comer qualquer coisa enquanto os meus pais me davam as últimas indicações...
Na fila, um brasileiro meteu conversa com os meus pais, e lá se ficou a falar um bocado com ele. Bien, o tempo lá passou, e era era de ir para a área internacional. Um bocado de choro da mãe, abraços a toda a gente, lá passei pelo detector de metais, e ia ficar à espera. O vôo estava atrasado 10 minutos, mas lá chegou...
Aí ia eu fazer o baptismo de avião. (Entretanto despedi-me outra vez da mãe, desta feita pelo telemóvel).
Chegado lá dentro: "Isto é bonito... e pequeno".
Bem, o brasileiro (cujo nome soube mais tarde: "Reinaldo") também ia no avião. Sentou-se ao meu lado e perguntou a uma aeromoça (lol) se podia. Ela disse que o vôo estava cheio e que ao meu lado ficaria um casal. Lá chegou o casal. Era o John e o Mark (nomes fictícios), mas descobriram que o lugar deles era mais à frente e o Reinaldo descobriu que o vôo não estava cheio e que poderia vir para o meu lado.

Bem... ele não tinha problemas em falar! Tem um irmão mais velho, um gémeo e uma irmã. É luso-holandês mas viveu vários anos no Brasil. Trabalha na área mobiliária (tudo o que relacione camas) e está em Xangai há dois anos, mas até eu falo melhor Chinês que ele (Zé, é verdade!!).
Bem, o vôo teve alguma turbulência, e a aterragem foi um bocado brusca, mas nada de especial. Continuámos no paleio (ele ia para Bruxelas) e decidimos almoçar uma piza na Pizza Hut (a qual ele não me deixou pagar).
Às três despedimo-nos e fiquei à espera do vôo das 16:00 que tinha sido adiado para as 17:20.

O aeroporto de Lisboa é enorme, e tem um shopping inteiro lá dentro. Fiquei tentado a comprar uma mala de senhora por 540 euros (não consigo pôr o símbolo neste teclado). Bem, lá fiquei à espera até à hora de partida. Pouco depois mostrei o passaporte e entrei no autocarro que ia dar ao avião. Fiquei num lugar perto das portas de emergência para esticar as pernas. Bem, o vôo foi longo e tortuoso!

Partes a assinalar:
Estavam duas italianas lá dentro que me fizeram pensar em mudar de avião e rumar a Roma!
O filme que passaram era mesmo, mesmo, MESMO muito mau!
A rádio tinha uns 7 canais, mas cada um deles tinha prai 5 músicas.
A comida não enche a cova de um dente (bendita piza!).
8 horas demoram a passar.
Dormi 15 minutos no máximo.
A hospedeira era super simpática.................................................... NOT!
Como se ia no sentido de rotação da terra, o pôr do Sol demorou mais de uma hora.
Não dá para estar 2 horas seguidas sentado.
Nunca mais vôo ao lado de uma casa-de-banho!
Houve problemas com a aterragem e esta demorou bastante.
Aterrámos!

Chegada ao Brasil

"Ora isto é que é o Brasil!"
Estava calor e a chover!
Estive na fila para mostrar o passaporte durante meia-hora (6 postos, 1 a funcionar), levantei as malas, troquei euros por reais (a 2.7 de taxa de conversão), dirigi-me às informações para saber o que fazer a seguir.
"-Tomi um táxi prá um hotéu em freintchi à ródôviária"
"-É seguro?"
"-Traquilo!"

Aí vou eu. Saio do aeroporto com 293238 kilos de malas a serem violentamente arrastadas pelo chão, falo com um senhor que controlava as saídas de táxis, e peço ao Osvaldo para me deixar lá. O rapaz era muito simpático e disse-me que Natal era muito bonito e mais não sei quê...
Chegado lá, eram R$35,20. Dei-lhe R$40 e ele ficou todo contente ;)
Falo com o senhor da pousada "Boa Viagem" para perguntar pelos quartos. Com "chuveiro morno" eram perto de R$42 e se quisesse ficar no quarto de luxo com "frigobar" (que eu suponha - erradamente - estar cheio) R$49. Olhei para aquilo e pensei que o melhor seria ficar no de luxo. Deu-me a chave, disse-me que o ônibus
para JP era às 6, e pronto. Peguei nas malas para ir para o piso de cima e lá fiquei naquela espelunca... Aquilo era mto mau... duas camas de solteiro, um chuveiro engraçado (depois ponho a foto... parece que são todos assim, por cá), paredes sujas, futebol na tv... Bem, adormeci já passava das 11 (somar 4 para Portugal) e acordei às 3:30 espontaneamente.




Dia 16


Partida para João Pessoa


Levantei-me da cama às 5, passei o corpo por água (não queria desfazer as malas para ir buscar champôo/sabonete), e fui para a entrada. Estive tentado a tomar o café da manhã (que consistia num termo com café, pousado no banco de entrada, e com uns copos de plástico pousados ao lado. Bem, pago ao homem, saio de lá para a Rodoviária Interestadual, um edifício tipo o Centro Coordenador de Transportes de São João da Madeira, quando sofro o primeiro assédido: um tipo vem a correr atrás de mim a dizer: para João Pessoa não é aí!

Voltei para trás, perguntei ao homem outra vez, e ele disse-me que sim. O outro senhor volta a ter comigo (desta vez aproxima-se, e eu com duas malas a arrastar pela estrada, num sítio onde não conheço nada e todo enlameado) e diz: "eu levo você lá, fazemos um preço simpático! O próximo ônibus só sai às 7:30, estou sempre fazendo isso." Lá rejeitei ("Poxa!") e continuei para a RI. Comprei o bilhete (de facto era só às 7:30) e fiquei à espera.

Bem, estou farto de escrever e isto vai longo... amanhã conto mais!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Partida

Bem...
Daqui a umas horas parto para Lisboa para chegar a Natal. Está mesmo quase!...

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Habemus Máquina

Parece que já há máquina fotográfica ;) (e ainda não sei trabalhar com ela..)


E ainda faltam 6 dias para a partida.







Vou sentir falta disto....


sábado, 4 de agosto de 2007

Blog criado

Bem, está criado o Blog, e ainda nem tenho máquina fotográfica ;P
E ainda faltam 10 dias...